Agora

Prefeitura ainda vai avaliar 27 ocupações irregulare­s

Gestão Covas quer medir o risco em metade dos imóveis onde vivem 10 mil pessoas na capital

- (FSP)

Três meses após o incêndio seguido de desabament­o do prédio no largo do Paissandu, na região central, metade das ocupações no centro expandido de São Paulo ainda vai ser avaliada pela prefeitura para não repetir as cenas da tragédia.

De acordo com a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), dos 51 imóveis habitados de forma irregular na cidade 27 “serão avaliados para ações de mitigação de riscos”. A medida é um dos desdobrame­ntos da vistoria realizada pela administra­ção para avaliar as condições dos endereços onde vivem cerca de 10 mil pessoas.

As visitas foram anunciadas pelo prefeito no dia seguinte ao desabament­o do edifício de 24 andares que deixou sete mortas e ao menos duas desapareci­das.

Segundo moradores, o incêndio começou com explosão no quinto andar. A polícia ainda investiga as causas do fogo, que se alastrou rapidament­e devido ao material inflamável usado pelos ocupantes como divisórias.

Das 75 propriedad­es visitadas pela administra­ção, 51 estavam ocupadas de fato e, dessas, três tiveram a interdição decretada de forma emergencia­l por oferecer riscos iminentes aos moradores. Outras duas serão interditad­as parcialmen­te para receber reformas pontuais. Um dos três endereços mais degradados, na rua do Carmo, foi fechado em julho. Conhecido como “Caveirão”, o edifício abrigava 79 famílias, que foram retiradas de lá e devem receber o auxílioalu­guel por um ano.

O secretário de Habitação, Fernando Chucre, disse que ainda não há prazo para concluir a avaliação dos 27 imóveis por se tratar de locais privados. “Não fica claro o investimen­to que a prefeitura pode fazer sem incorrer em improbidad­e administra­tiva e gastar dinheiro público em uma propriedad­e privada”, afirma.

 ?? Eduardo Anizelli/ Folhapress ?? Desabrigad­os ocupam o largo do Paissandu, na República (região central); prefeitura pretende fazer vistorias em 27 prédios da capital para diminuir o risco de novos incêndios, como o ocorrido há três meses
Eduardo Anizelli/ Folhapress Desabrigad­os ocupam o largo do Paissandu, na República (região central); prefeitura pretende fazer vistorias em 27 prédios da capital para diminuir o risco de novos incêndios, como o ocorrido há três meses

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