Timón da América
O chileno Araos e o paraguaio Sergio Díaz são anunciados pelo Timão e reforçam a legião de gringos
De uma só vez, o Corinthians anunciou ontem as contratações do meia chileno Ángelo Araos, de 21 anos, e do atacante paraguaio Sergio Díaz, de 20. Os reforços já tinham passado por exames médicos e foram integrados ao elenco de Osmar Loss.
Araos será o quinto jogador do Chile a defender o Timão. Díaz é o sétimo paraguaio da história do clube. Ambos reforçam a extensa lista de atletas estrangeiros da América do Sul que passaram pelo Parque São Jorge. São 33 ao todo, contando os dois novos contratados.
Desde 2004, o sotaque castelhano sempre está presente nos elencos do Corinthians. Nas últimas 14 temporadas, ao menos um gringo sul-americano atuou pela equipe. Alguns deixaram saudade. Outros, nem tanto.
Compatriota de Sergio Díaz, Gamarra é exemplo de um paraguaio que virou ídolo da Fiel torcida. Considerado um dos maiores zagueiros da história corintiana, conquistou o Brasileirão de 1998 e o Paulistão do ano seguinte.
Recentemente, o também paraguaio Balbuena passou pelo Corinthians, disputou 136 jogos e foi embora após conquistar um Brasileiro e um bicampeonato paulista.
Dos paraguaios, os dois só têm menos taças do que Romero, um dos ídolos do atual elenco, bicampeão paulista e bicampeão brasileiro.
Os compatriotas de Angelo Araos, no entanto, não tiveram a mesma sorte. O goleiro Johnny Herrera, o zagueiro Cristian Suárez e o volante Maldonado acumularam, juntos, somente 21 jogos e poucas histórias para contar.
Herrera, aliás, deixou o clube com a marca de 1,4 gol sofrido por jogo. Foi vazado 13 vezes em nove duelos.
Campeões
Com dez jogadores, a Argentina é o país sul-americano que teve mais representantes na história do Corinthians. Um deles foi Carlitos Tevez, que marcou seu nome com uma passagem meteórica pelo Parque São Jorge, entre 2005 e 2006.
Campeão brasileiro em seu primeiro ano no clube, Tevez disputou 78 jogos, fez 46 gols e foi embora após cativar a Fiel torcida com seu cabelo de estilo peculiar e suas danças nas comemorações.
Uruguai, Colômbia, Bolívia e Peru também tiveram representantes (veja ao lado). Dos atletas desses países, o peruano Guerrero foi um dos que mais se sobressaíram e teve tudo para virar um dos maiores ídolos do clube.
Em 2012, contra o Chelsea, o camisa 9 fez o gol que garantiu a conquista do bicampeonato mundial do Timão, em final disputada no Japão.
Era o feito que eternizaria o nome de Guerrero nos corações da Fiel, mas que acabou manchado dois anos e meio depois, pela forma como deixou o clube, sendo acusado de ser mercenário.
Exemplos, bons e ruins, não faltam para Araos e Díaz.