Agora

Primeiro mundo dá lição de competênci­a

- Luís André Rosa Luís André Rosa é repórter do Vencer

O insano calendário do futebol brasileiro, com torneios de janeiro a dezembro, limita os clubes de capitaliza­r no exterior, como fazem os ricos europeus, com partidas amistosas e torneios caça-níqueis. Sem falar no quão difícil é, para maioria dos jogadores da elite, suportar tamanha maratona, sem descanso ideal, e ainda sofrer a cobrança excessiva da torcida.

Aí, você liga a TV na ressaca pós-copa e vê as potências do planeta bola em um processo de mercantili­zação que ajuda a entender por que a Europa tem elencos milionário­s, as ligas são poderosas e os estádios, confortáve­is, enquanto o terceiro mundo está cada vez mais se apequenand­o.

Antes do início da temporada 2018/19, 18 ricaços, todos europeus, estão disputando a Copa Internacio­nal dos Campeões, pela primeira vez só com clubes do Velho Continente. Além de engordar os cofres com o patrocínio exclusivo de uma cervejaria, três deles levaram a sua marca para Cingapura e 14 viajaram para os Estados Unidos. Apenas um ficou na Europa.

Sem a maioria dos craques que disputaram a Copa, os técnicos estão testando atletas do segundo escalação, reforços que não estiveram na Rússia e jovens da base. Exemplo disso foi a apresentaç­ão do Barcelona contra o Tottenham-ing na Califórnia. Garotos de La Masia, o centro de criação de jovens, puderam estrear no time principal em uma preparação de alto nível. Em comparação ao Brasil, alguns até participar­am da prétempora­da com os profission­ais. Porém, uma coisa é jogo-treino contra time da terceira divisão, sem público e no centro de treinament­o. Outra é encarar Bayern de Munique, Juventus e Real Madrid.

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