Patrocinador impõe exigências
O atacante Neymar recebeu pelo menos US$ 7,1 milhões (R$ 26,5 milhões) da Gillette por dois anos para ser embaixador global da marca. No último domingo, o jogador e a empresa divulgaram um comercial usado como uma resposta do atletas às críticas que recebeu na Copa.
Nele, Neymar narra um depoimento que dura 1min30. No texto gravado, o atacante pede a ajuda da torcida para se reerguer na carreira. O comercial foi ao ar na TV Globo, no horário mais nobre da emissora.
O atacante deixou a Copa do Mundo na Rússia alvo de piadas por simular faltas.
“Você pode achar que eu caí demais, mas a verdade é que eu não caí. Eu desmoronei”, diz o texto, que encerra com com um pedido: “Você pode continuar jogando pedra ou pode jogar essas pedras fora e me ajudar a ficar de pé. E, quando eu fico de pé, parça, o Brasil inteiro se levanta comigo”.
O contrato prevê que Neymar receba US$ 7,1 milhões por dois anos, além de US$ 250 mil (R$ 930 mil) por hora extra em evento e US$ 500 mil (R$ 1,86 milhão) por diária extra de gravação não prevista em contrato.
No contrato, a Gillette impõe exigências a Neymar. Uma delas é sobre a aparência pública.
“Durante a vigência do contrato, [Neymar] não poderá ter nenhuma aparição pública (presencial ou através das redes sociais) com barba no rosto, peitoral não raspado e/ou aparado, bigode ou cavanhaque, sob pena de multa de 5% (cinco) por cento do valor total do contrato. A exceção a esses casos são campanhas já produzidas”, diz o documento.
Todo material publicitário feito pela Gillette precisa ser aprovado pela empresa Neymar Sports Marketing, que tem como sócios a mãe Nadine Gonçalves e o pai Neymar da Silva Santos. O empresário foi quem deu a aprovação final para o texto lido pelo atacante.
Gillette e Neymar não quiseram falar sobre os detalhes contratuais.