Paulo Preto e mais 32 denunciados
A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou pela segunda vez, ontem, o exdiretor da Dersa (estatal rodoviária paulista) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, suspeito de ser operador do PSDB.
Desta vez, Souza é acusado pelo Ministério Público Federal de ter fraudado licitações e participado de formação de cartel em obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo entre 2004 e 2015.
Outras 32 pessoas também foram denunciadas pela Procuradoria, 24 delas por ambos os crimes e oito apenas por formação de cartel.
As novas acusações tiveram como base dois acordos de leniência da Odebrecht com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Oito executivos da construtora delataram o caso em 2017.
O atual Secretário de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Dario Rais Lopes, também foi acusado de formação de cartel. Ele foi presidente da Dersa.
A defesa de Souza afirma que não irá se pronunciar até que tenha conhecimento oficial sobre a denúncia, “uma vez que ainda não foi distribuída e ninguém pode garantir que será acatada na integralidade”.
Lopes disse em nota que aguardará a notificação para ter conhecimento do teor da denúncia e prestará os devidos esclarecimentos diretamente ao MPF.