Verdão põe à prova seu histórico com medalhões
A diretoria palmeirense recorreu ao histórico das últimas décadas para decidir por Luiz Felipe Scolari, 69 anos, treinador que estreia hoje no comando técnico do Palmeiras pela terceira vez.
Desde o fim do jejum de 17 anos, em 1993, o enredo no Palmeiras se repete. Só treinadores consagrados, com um certo tempo para trabalhar, triunfaram. Os chamados estudiosos nunca tiveram vida longa. Foram demitidos em poucos meses.
O atual presidente, Maurício Galiotte, nega que a prática seja mudar de técnico sempre. “Obviamente, não é a nossa filosofia [demitir técnicos], mas se for necessário, temos de fazer”, disse.
Além de Roger Machado, passaram pela atual gestão, desde o início de 2017, Eduardo Baptista, Cuca e Valentim. Agora, Felipão.
Nos últimos 25 anos, apenas quatro técnicos ficaram mais de um ano no comando do time alviverde. Todos do grupo dos medalhões.
Luxemburgo, responsável pelo time que deu fim ao jejum paulista de 1993, é um deles. Os outros são Felipão, Jair Picerni e Gilson Kleina.
Na visão do técnico Dorival Junior, hoje sem clube, a volta de Scolari é “muito importante”. Para ele, a divisão entre estudiosos e medalhões não é bom para o país.
“A parte teórica é importante, mas não tivemos essa oportunidade [no início da carreira]. Nós aprendemos no trabalho, na vida, nos vestiários e na repetição do dia a dia.”