Técnico vê time em crescimento
Uma das maiores apostas de sucesso da Portuguesa chama-se Allan Aal, 39 anos. Contratado para tirar o clube da situação difícil na A-2 do Paulista, o treinador cumpriu bem a missão e salvou a Lusa de um novo vexame, conquistando bons resultados na reta final do torneio.
Ele conseguiu bater, por exemplo, o Guarani, na 14ª rodada, no Canindé. Mais tarde, o Bugre se tornaria campeão da competição.
“Pelas dificuldades que a gente enfrentou na A-2, encarando a possibilidade de cair [para a A-3], ficou um sentimento prazeroso. A reta final foi satisfatória. Em relação à tabela, claro que não, mas em rendimento de grupo, individual, aceitação e entendimento da ideia de jogo dos atletas”, comemorou o treinador.
O bom trabalho de Aal no Foz do Iguaçu enche o presidente da Lusa, Alexandre Barros, de orgulho. “Será um dos grandes treinadores do futebol brasileiro”, afirmou.
O desempenho na A-2 do Paulista o manteve no cargo. Com os pés no chão, Aal sabe o tamanho da responsabilidade que terá nas mãos para colocar a Lusa de volta no cenário nacional.
“Quando se fala em obrigação de ser campeão, eu troco obrigação por necessidade. Talvez a nossa necessidade seja maior do que a dos nossos adversários. Nossa obrigação é entrar em campo e fazer o melhor. Entregar-se de corpo e alma. A gente tem condições de brigar com qualquer adversário. Vamos pensar jogo a jogo”, falou o técnico rubro-verde.
Durante a intertemporada, ele conviveu com a perda de jogadores que nem sequer fizeram um jogo profissional. O atacante Robert, com passagem pelo Palmeiras, deve ser um destes casos.
O clube ainda não confirma oficialmente, mas o jogador alegou problemas familiares para pedir dispensa.
Problemas com salário também rondam o grupo. O último atraso, referente a dois meses de serviços, foi quitado na semana passada.
“Montamos um elenco em cima do perfil dos jogadores. Caras que têm ambição, caráter. Vamos passar por essas dificuldades. Se acontecer de novo, isso não vai interferir em campo”, explicou Aal.
“A mão aqui é inversa. O resultado tem que vir dentro de campo para melhorar fora. O grupo está bem consciente disso”, finalizou.