‘Com dinheiro ou não, tem que ganhar’
O presidente da Portuguesa, Alexandre Barros, assumiu o clube no início de 2017. Passando por dificuldades financeiras, o mandatário não acumulou sucessos nos torneios que disputou.
Mas ele ainda sonha com a conquista de um título como gestor do clube e acredita que o rubro-verde vai voltar a figurar, em breve, nos torneios nacionais.
Se a Portuguesa tiver um bom elenco, mau elenco, dinheiro ou não, condição ou não, tem que entrar para ganhar. Sem menosprezo nenhum a outros times da Copa Paulista. Tem grandes clubes que estão muito melhor do que a Portuguesa. Estão na nossa frente em outras competições. Mas temos sempre que entrar para vencer. O objetivo é ganhar a Copa Paulista para voltar a figurar dentro do cenário nacional.
É muito difícil a nossa realidade financeira. Existem bloqueios nas contas do clube, várias ações trabalhistas. A gente já sai atrás dos outros. No Paulista, a dificuldade é ainda maior porque todos recebem a cota e a Lusa não recebe. Já na Copa Paulista não existe cota, então o equilíbrio é maior.
Hoje, a Portuguesa tem uma despesa de R$ 300 mil. Aí falo isso para você e vem aquelas comparações: “Ah, mas o time do Operário-pr subiu com uma folha de pagamento de R$ 90 mil”. Só que o Operário fala que tem folha de pagamento de R$ 90 mil, mas é só o que ele paga para atletas. Sem encargo, sem aluguel do ônibus, sem alimentação, sem a luz do CT, sem a água, sem o pagamento da comissão técnica e do estafe. Eu coloco o valor total de todo o futebol. Só do elenco profissional, a folha é de R$ 98 mil.
O presidente que dirigir um clube de futebol e passar sem conquistar nada, simplesmente passou. Aí você pode colocar na balança: “O cara pegou um clube falido e conseguiu melhorar”. Mas ele passou. Presidentes ficam marcados com conquistas. Eu não vim aqui só para melhorar o clube. Vim para fazer o futebol. Vivo isso. Espero ficar marcado por títulos.
No ano passado, a Portuguesa ia ganhar a Copa Paulista, eu não tenho dúvida nenhuma. Fez a semifinal contra a Ferroviária, no maior erro de arbitragem dos últimos anos aqui no Canindé. Anularam um gol da Portuguesa, deram um pênalti inexistente contra nós. Perdemos por 2 a 1. Depois fomos a Araraquara e ganhamos por 1 a 0. Não fossem os problemas de arbitragem, estaríamos na final. Na decisão, o Canindé não teria só mil pessoas, ia ter umas 25 mil. Seria uma comoção.