Alegre e bem humorada, policial era conhecida como ‘Sorriso’
“Sorriso, ô, sorriso!”, chamavam alguns dos amigos da policial militar Juliane dos Santos Duarte. A PM ganhou o apelido pela simpatia e bom humor rotineiros.
“Com ela não tinha tempo ruim”, afirmam, repetidas vezes, os amigos e as ex-namoradas, que compareceram ao enterro da PM ontem.
Durante o velório, os amigos combinavam de comemorar o aniversário de Juliane, em 21 de agosto, e de “beber até se acabar”.
“Ela era festeira, ia querer assim. Deve estar embebedando os anjos no céu”, comentou a auxiliar administrativa Thaiany Iafrate, 24, amiga da policial.
Várias ex-namoradas de Juliane foram ao enterro. Muitas disseram que era impossível guardar mágoa dela. Segundo os amigos, a policial era “namoradeira”. A mãe reconhece: “ela era muito requisitada e não deixava por menos”, diz Cleusa dos Santos, 57. Mas, no momento, não estava em nenhum relacionamento sério, para se dedicar ao trabalho, conta. “Ela queria estudar para sargento, tenente e depois para a PF”, afirma Cleusa.
A policial morava com a mãe, que sofre de câncer na medula óssea, e sustentava a casa. “Ela mantinha tudo.”
Como soldado, Juliane era vista pelos chefes como séria e exemplar. Afirmava para os amigos que sua missão era ajudar e proteger as pessoas. A sua vontade de ajudar os outros incluía também os animais de rua, como cães e gatos. Levava os bichos para casa, cuidava e depois doava. Dos muitos que adotou, manteve duas gatas.