Bancos negam reajuste maior para bancários
Patrões querem repor apenas a inflação nos salários; a categoria se reúne hoje para analisar a proposta
Os bancários de todo o país se reúnem hoje para decidir se aceitam a primeira proposta apresentada pelos bancos na campanha salarial da categoria deste ano.
Segundo o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs como reajuste só a reposição da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos salários e em verbas como PLR (Participação nos Lucros e Resultados), auxílios alimentação e refeição e auxílio-creche ou babá.
O aumento proposto é estimado em 3,90%, que representaria a inflação acumulada até este mês. Os banqueiros também propuseram fechar acordo por quatro anos. O comando nacional da categoria se reuniu ontem e indicou rejeição.
Em São Paulo, a assembleia terá início às 19h, em primeira chamada, na Quadra dos Bancários, no centro da capital. Em vídeo divulgado ontem à noite, a presidente do sindicato, Ivone Silva, diz que a categoria esperava propostas concretas sobre temas como saúde e garantia de emprego.
Em nota, a Fenaban diz que a proposta contempla as negociações e que o reajuste de 3,9% levará o piso de caixa a “superar os R$ 3.000”, incluindo as gratificações.
Protesto
Na sexta-feira, os trabalhadores do setor vão participar do “Dia do Basta” em protesto contra o desemprego e alta dos combustíveis. Segundo a Contrafcut (confederação do setor), haverá atraso no horário de entrada dos trabalhadores. Ontem, a primeira proposta dos bancos foi colocada na mesa