Com cota, eleições terão recorde de vices mulheres
Quatro mulheres disputarão o cargo de vice-presidente e outras 67 tentarão ser vice-governadoras
Na primeira vez em que candidaturas femininas terão uma cota de recursos para campanha do fundo eleitoral, o número de mulheres candidatas a vice bateu recorde tanto na disputa presidencial quanto nos estados.
Ao todo, quatro mulheres disputarão o cargo de vicepresidente e outras 67 serão candidatas a vice-governadora nas eleições. Nos dois casos, houve avanço em relação a eleições anteriores.
As escolhas se deram em meio a um limbo jurídico estabelecido após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em maio deste ano, na qual define que R$ 510 milhões do R$ 1,7 bilhão aprovado para o fundo público de financiamento de campanhas devem ir para candidaturas de mulheres.
O TSE informa que aplicação de pelo menos 30% em candidaturas femininas é condição obrigatória para a liberação do fundo eleitoral. Mas diz que critérios de distribuição dos recursos serão definidos pelo partido, que poderá destinar a cota para qualquer tipo de eleição: majoritária ou proporcional.
Todos os partidos afirmam que a escolha de vices mulheres não tem relação com a questão do fundo eleitoral.
“Atrelar a escolha de uma vice mulher à questão do dinheiro é desvirtuar o debate. Há uma motivação real do nosso partido em ampliar a participação da mulher”, afirma o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG). O PSDB terá a senadora Ana Amélia (PP) como candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin. Dos 12 candidatos a governador —todos homens— quatro terão vices mulheres.
Números
Quatro candidatos a presidente terão mulheres como vice. O número pode chegar a cinco caso Manuela D’ávila (PC do B) assuma o posto de vice de Lula ou de Fernando Haddad (PT).
Nos estados, o número de mulheres vices chega a quase 40% do total. Só em São Paulo, serão sete vices mulheres entre os 12 candidatos ao governo. Candidatas a 67