Faltou até material para fazer curativo, afirma comerciante
O comerciante A. S., 63 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, conta que ficou internado nas últimas semanas na Santa Casa, em virtude de problemas de circulação no pé esquerdo.
Ele diz que gastou, somando com seus familiares, aproximadamente R$ 250 para comprar soro fisiológico para assepsias, óleos, gazes e outros insumos para viabilizar curativos e amenizar a dor na perna.
“O hospital está em uma situação muito precária. No tempo que estive lá, percebi que faltam coisas básicas, quase todos os dias, para fazer curativos simples e procedimentos rotineiros. Se não comprasse esses materiais, ia ter mais desconforto ainda”, afirma o comerciante, morador do Campo Limpo (zona sul de São Paulo).
“Isso não ocorria só comigo, mas também com vários pacientes que estavam internados lá também. Como é um hospital filantrópico, o mais correto era a gente não pagar nada, como sempre foi”, diz o paciente.
Por causa das complicações dos problemas circulatórios, o comerciante teve de amputar parte da perna durante o período de internação. O hospital, segundo afirma o comerciante, teria prometido providenciar uma prótese e também fornecer acompanhamento psicológico.
“Por causa do corte, os cuidados com os curativos foram ainda maiores, aumentando os custos. Espero que o hospital se recupere e volte a ter atendimento de qualidade”, disse.