Grupo de sem-teto desmonta barracos no largo do Paissandu
Pouco mais de três meses após a criação de um acampamento no largo do Paissandu (região central), os sem-teto desmontaram seus barracos e deixaram o local ontem à tarde. A praça pública estava ocupada desde o incêndio e queda de um prédio, no dia 1º de maio.
A saída voluntária trouxe alívio à gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), que não precisou usar a força da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para desmontar os barracos e retomar um espaço público.
Nesse período, a hesitação da prefeitura foi acompanhada de tentativas pouco ortodoxas das defensorias públicas estadual e da União que acabaram não acatadas pela Justiça, como disponibilizar imóveis ociosos no centro para abriga-los. A promotoria, por sua vez, demorou a atuar em relação às crianças do acampamento e atribuiu ao conselho tutelar a função de monitoramento.
O esvaziamento ocorreu sem confronto, e os sem-teto deixaram o largo, após acordo com a prefeitura, para serem acolhidos em centros municipais especializados. A maioria foi encaminhada a um novo espaço direcionado para núcleos familiares na área central da cidade.
Após a saída dos sem-teto, a prefeitura iniciou a limpeza do largo. Agentes recolheram roupas, colchões e cobertores deixados para trás.