Caso sobre morte de PM tem nova investigação
Uma foto que mostra a soldado Juliane dos Santos Duarte, 27 anos, caída dentro do Bar do Litrão, na favela de Paraisópolis (zona sul), com o chão ensanguentado, pode mudar os rumos da investigação sobre sua morte.
A reportagem teve acesso à imagem que, segundo fontes da polícia ouvidas em condição de anonimato, pode tirar a credibilidade dos relatos das testemunhas do caso.
Juliane foi encontrada morta, com dois tiros na cabeça e outro na virilha, dentro do porta-malas de um carro, na segunda-feira, em Jurubatuba (zona sul). Ela estava desaparecida desde o dia 2 deste mês, quando foi raptada por quatro homens encapuzados, no bar em que aparece caída na foto .
“Essa imagem dá uma informação que não existia até o momento na investigação. Ela explica uma série de coisas. As testemunhas podem, sim, ter mentido e podem ser indiciadas por falso testemunho, caso isso seja constatado pelo DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa]”, afirmou uma fonte policial envolvida no caso.
No dia do sequestro, Juliane usava uma calça camuflada e um moletom claro com detalhes em azul, a mesma vestimenta do corpo que aparece caído dentro do bar na foto em questão.
Apesar da cena violenta, três pessoas conversam na calçada do estabelecimento. A polícia investiga quem são.
A foto também indica que um tiro na virilha, identificado após o encontro do corpo de Juliane, pode ter sido feito pela própria vítima. “Creio que a soldado fez o chamado ‘fogo amigo’. Por razões a serem esclarecidas, pode ter se baleado sem querer”, disse a fonte policial.