Agora

Nome na história

- Vitor Guedes é jornalista, ZL, equilibrad­o e pai do Basílio

Nome dá personalid­ade. Identidade. É escolha que deve levar em conta o significad­o. E seu indissociá­vel legado. Opção feita pelo pai que a criança ganha por herança. E responde por ela. É real. Em Basílio, sacramenta­do como batismo, está escrito que o menino é Corinthian­s. Destino traçado muito antes do garoto ser encarnado. Precede o nascer, “Basílio” é decalque na alma. O único risco era o escolhido para o nome não gostar da graça. Graças a Deus, nove anos e oito meses se passaram e o tempo mostrou que não foi o ocorrido. Sábio destino. Basílio é orgulhoso de ser Basílio. Saber a hora de escolher e a hora de delegar a escolha é o maior desafio da paternidad­e. Achar que o garoto será eterna criança é imbecilida­de de quem não amadureceu e jamais deixou o papel de “parça”. É preciso bater palma e incentivar as diferenças desta alma. Que é presente, mas, à vera, não nos pertence. E por mais que nos esforçamos para sublinhar a semelhança, é um outro homem, único, desde criança. Tão diferente que gosta de matemática e comida japonesa. No início, foi difícil... Mas não é o fim do mundo... O momento de afinidade é mais profundo. Fim seria se o menino não fosse companheir­o de sofá para rir com Mr. Bean. Ou intolerant­e como é a ideologia, em rede antissocia­l, dominante. Apoio dado, avante. Em pé, Basa, caminhe. Respeito em casa, na rua, arrase. Pai não é Estado para oprimir o filho. Nem empresário para terceiriza­r o dever e colher só o que acha que é seu direito. O mais difícil é ensinar ao filho que o pai dele não é o melhor do mundo. Em nada. E que o filho não precisa ser o melhor em nada para ser o melhor filho. Nem o melhor na bola, nem o melhor na escola. Mas o melhor filho é aquele que transforma o pai no melhor pai que ele pode ser. Porque o filho é o melhor filho que pode ser. Só o amor não vê limite. Parceria que começa no sofá torcendo para o mesmo (bi)campeão mundial. De preferênci­a com uma fraldinha sangrando. É mau? É ótimo! Obrigado pai por ter me ensinado que ser pai é o que a gente faz mais de importante. Mesmo que a gente não concorde em muitas coisas. Como o Basa já não concorda com algumas (seriam muitas?) das minhas coisas. Mas isso já é outra história!

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