Capital testa sistema para identificar ônibus lotados
Tecnologia vai ser avaliada em dez linhas e também permitirá identificar roubos e assédios
Um sistema para informar, em tempo real, a quantidade de pessoas em ônibus será testado neste mês na capital, segundo o blog Avenidas.
Os testes da tecnologia desenvolvida pela startup Milênio Bus serão feitos em parceria com a Sptrans em dez linhas paulistanas.
“Atualmente, temos precisão de 82%. Estamos aprimorando o sistema para chegar a 95% para começar a comercializá-lo”, conta o engenheiro Renato Rodrigues, 31 anos, sobre o sistema que usará câmeras.
Ao ter dados precisos sobre onde passageiros sobem e descem, diz o engenheiro, ficará mais fácil evitar ônibus lotados. Rodrigues conta que uma vez entrou em um veículo cheio e reparou que logo atrás vinha outro vazio da mesma linha.
“Com esses dados, os passageiros poderiam ser alertados, pelo celular ou por painéis, que há um ônibus mais vazio”, diz Rodrigues.
“Estamos pesquisando formas para também identificar automaticamente casos de assalto e assédio. O software pode ser capaz de reconhecer o movimento de puxar uma arma e outros comportamentos fora do padrão e alertar uma central”, afirma.
A empresa planeja cobrar R$ 100 mensais por cada ônibus, valor que inclui a locação dos equipamentos e o uso de servidores. A frota paulistana tem cerca de 14 mil coletivos, segundo a Sptrans. Equipar todos custaria R$ 1,4 milhão por mês.
Projeto
Rodrigues e os sócios Fábien Oliveira, 22, e Marcel Ogando, 29, participaram de eventos na Suíça e nos EUA para trocar experiências e criar seu plano de negócios.
Ao voltar, começaram a fazer testes em um ônibus da EMTU (Empresa Municipal de Transporte Urbano) em 2017 e foram selecionados para o Mobilab, incubadora da prefeitura paulistana.