Agora

Ponte desaba na Itália e mata ao menos 26 pessoas

Mais de 30 veículos passavam sobre a construção na hora da queda; buscas vão continuar hoje

- (Agências)

Um trecho de uma ponte desabou na manhã de ontem durante um temporal em Gênova, no norte da Itália, quando mais de 30 veículos passavam sobre a construção. Segundo o governo italiano, ao menos 26 pessoas morreram e há 15 feridos, sendo 9 deles sob risco de morte.

O saldo inclui apenas corpos recuperado­s até a conclusão desta edição e mortos após o resgate —o trabalho de buscas prosseguir­ia noite adentro com cerca de 200 socorrista­s para localizar desapareci­dos. Durante a escavação, quatro pessoas foram retiradas com vida.

Bombeiros locais, que chegaram a anunciar 35 mortos durante a tarde, falavam em 29, sendo dois deles crianças. O Itamaraty informou não ter relato de brasileiro­s Trecho de 200 m que desabou entre as vítimas.

A causa ainda seria investigad­a. Uma das hipóteses para o colapso, ocorrido por volta das 11h30 locais (6h30 de Brasília), é que a estrutura do viaduto fosse frágil demais

Pilares de cimento armado com 90 m de altura cada um

para o tráfico pesado entre bairros industriai­s e falta de manutenção.

Construída em 1967, a ponte Morandi passou por reforma há dois anos e agora deve ser totalmente demolida. Em Gênova ela é chamada de “ponte do Brooklyn”, em alusão ao cartão-postal de Nova York.

O chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli, afirmou que de 30 a 35 carros e ITÁLIA Gênova três caminhões estavam no trecho que desabou, que tinha aproximada­mente 80 metros de extensão e estava a 45 metros de altura. Segundo ele, a ponte caiu sobre duas casas vazias.

O jornal italiano Corriere della Sera informou que pelo menos 440 genoveses foram retirados de suas casas até 23h locais (18h em Brasília) e que a defesa civil monitorava 11 prédios na região.

O premiê Giuseppe Conte visitou o local no fim da tarde. “É uma tragédia imensa, inconcebív­el nos dias de hoje”, declarou.

Conservaçã­o

O caminhonei­ro brasileiro Carlos Eduardo Fernandes, 39 anos, descreve a ponte que desabou como uma estrutura mal conservada, sobrecarre­gada por carros e caminhões, com pilares pequenos para seu tamanho.

Fernandes, que nasceu em Rio Claro (SP) e vive na Itália com a mulher e os filhos há quatro anos, passava pelo local com frequência.

“Neste domingo mesmo eu estava falando à minha mulher que é uma ponte alta, estreita, muito comprida, velha. Por baixo, dava para ver os pilares, eram muito pequenos.”

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil