Agora

Emprego volta a nível pré-crise

- (FSP)

O país gerou no primeiro semestre deste ano 392,4 mil postos de trabalho formais, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos).

No entanto, a geração líquida de vagas (diferença entre admitidos e demitidos) foi de 280 mil postos.

A abertura de vagas formais no primeiro semestre deste ano é maior do que a registrada no período précrise, quando cerca de 150 mil postos de trabalho foram gerados ao longo de 2014.

A retomada, contudo, tem sido desigual pelo Brasil.

É o que aponta estudo feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas), que analisou a geração de vagas em todas as mesorregiõ­es do país.

Enquanto a região metropolit­ana de São Paulo lidera o ranking de geração líquida de vagas, a metropolit­ana do Rio está no topo das que mais fecharam vagas.

Os dados são do acumulado de 12 meses encerrados em junho deste ano.

A Grande São Paulo gerou 31.670 vagas formais no período, puxadas pela indústria e pelo setor de serviços. Já o Rio registrou saldo negativo de 38.378 vagas no período. Região Araçatuba Araraquara Ribeirão Preto Presidente Prudente Assis Saldo

Apesar das perdas pontuais em algumas mesorregiõ­es, o estudo identifico­u que, em junho deste ano, quase dois anos depois do período mais agudo de crise, a maior parte das regiões brasileira­s se encontra em patamares de geração de vagas equivalent­es ou até superiores ao verificado em 2014.

Para o consultor do Ibre/ FGV Tiago Cabral Barreira, a notícia ainda está longe de ser boa. “Embora estejamos em patamares pré-crise em muitos locais, é importante dizer que perdemos 1,32 milhão de empregos formais em 2016 e geramos menos de 400 mil neste primeiro semestre”, disse Barreira.

O pesquisado­r ressalta ainda que os empregos formais gerados têm sido de baixa qualificaç­ão, encontrado­s em setores como alimentaçã­o e alojamento­s.

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