Justiça manda reformar conjunto habitacional
A Justiça determinou que a Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), e os consórcios Oasconstran Real Parque e Domus consertem problemas estruturais no conjunto habitacional Real Parque, no Morumbi (zona sul), após a Defensoria Pública do Estado de São Paulo receber denúncias de moradores.
Foi constatado pelo órgão estadual que nas quadras A (condomínios leste e oeste) e quadra 1 (condomínios 1 e 2) há problemas no sistema de drenagem, infiltrações, rachaduras, umidade e rede elétrica sem proteção. Os condomínios começaram a ser entregues em 2012.
A ação civil pública foi movida pelo núcleo de habitação e urbanismo da Defensoria, que vistoriou os imóveis com uma arquiteta e uma engenheira, segundo explicou Rafael Negreiros Dantas de Lima, defensor público e coordenador do núcleo.
“Ambas fizeram um laudo de cada um dos edifícios e identificaram corrimãos oxidados, mau funcionamento das bombas de drenagem, materiais usados na obra de baixa qualidade e aberturas no piso. São exemplos de riscos altos.” A decisão foi publicada na segunda-feira e tanto prefeitura quanto os consórcios têm 45 dias para corrigir as falhas.
A reportagem esteve ontem no Real Parque, quadra 1, e constatou os problemas apontados pela Defensoria.
O apartamento da faxineira Aline Santana, 21, está com infiltrações em todos os cômodos. “Tem uma lâmpada que nem funciona mais.”
No condomínio 2, a água desce pelas escadas e empossa. Uma creche e um posto de saúde deveriam ter sido construídas junto aos prédios, mas nenhuma obra começou.