Agora

Uma década dourada

- Claudinei Queiroz

O esporte brasileiro comemorou ontem dez anos da conquista da primeira medalha de ouro olímpica da seleção brasileira feminina de vôlei, em Pequim-2008. Depois dos bronzes em Atlanta-1996 e Sydney-2000 e do traumático quarto lugar em Atenas-2004, quando a equipe perdeu para a Rússia nas semifinais após estar vencendo por 2 sets a 1 e sacando no 24-19 para fechar o jogo, aquele título na China levou o vôlei brasileiro a um novo patamar: o dos campeões olímpicos.

Não que as gerações anteriores fossem menos merecedora­s, como as de Ana Moser, Márcia Fu e Fernanda Venturini, depois a de Fofão, Leila e Virna. Ao contrário, todas tinham condições de subir no lugar mais alto do pódio. O problema é que aquelas equipes tiveram uma rival imbatível: Cuba, tão boa tecnicamen­te quanto o Brasil, mas muito mais forte fisicament­e.

Em 2008, já com as caribenhas em declínio, a seleção brasileira assumiu a coroa de melhor do mundo. Além da qualidade técnica incontestá­vel de jogadoras como a levantador­a Fofão, as centrais Fabiana e Walewska, as pontas Paula Pequeno e Mari e a líbero Fabi, o diferencia­l daquele time foi o trabalho de preparação física realizado pela comissão técnica de José Roberto Guimarães.

Com as jogadoras em ponto de bala, foi covardia o que se viu nas quadras chinesas. O Brasil passou como um trator pelos rivais da primeira fase, triturando Argélia, Rússia, Sérvia, Cazaquistã­o e Itália por 3 sets a 0. Mesmo placar das quartas de final, contra o Japão, e da semifinal, contra a anfitriã China. Somente na decisão, contra um time dos EUA também forte fisicament­e, é que a seleção perdeu um set. Mas foi só: 3 sets a 1 e a primeira medalha dourada no peito. Um feito para lavar a alma. Parabéns!

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