Os segredos dos motoristas cinco estrelas de aplicativo
Só 4 condutores do Uber têm avaliação máxima na capital. Educação e gentileza são importantes
O título de motorista de cinco estrelas do aplicativo Uber após milhares de viagens é para poucos. Bem poucos no caso da capital, onde só quatro condutores ostentam a avaliação máxima ao lado de seus nomes. Se o passageiro fizer uma corrida com eles, tem grande chance de sair satisfeito ao fechar a porta do carro.
Para contar com as tão desejadas cinco estrelas, esses motoristas receberam a pontuação máxima em suas últimas 500 corridas com o aplicativo. Segundo a Uber, notas são dadas exclusivamente por passageiros, sem interferência da empresa.
São os casos de Sidney Ribeiro, 50 anos, Antonio Carlos Lopes, 45 anos, e Kleber Venancio, 34 anos. A quarta motorista é uma mulher que preferiu não se identificar.
A reportagem andou ao lado de Venancio, entre o Masp e o estádio do Pacaembu na sexta-feira. Frenagens suaves e ultrapassagens tranquilas, sempre dentro dos limites de velocidade, foram alguns indícios do porquê a nota do condutor é a máxima, após 16,1 mil corridas. “Já percebi que o fato de ter nota alta faz com que o passageiro espere mais para viajar comigo e acabo ganhando com isso. Tenho menos cancelamentos”, diz.
Ribeiro, com 11.313 viagens, diz tratar a todos os passageiros da mesma forma. “Hoje mesmo, peguei um rapaz que queria andar só 600 metros. Não tem problema, faço o meu melhor, como se fosse uma corrida longa”, diz. Ele era vendedor e buscou, no Uber, a liberdade de horário e trabalho.
Já Lopes sabe bem que é enfrentar as hostilidades da rua, mas retribui com gentileza. Com 11.941 corridas, ele é da primeira leva de motoristas e chegou a ser agredido por pessoas contrárias, quando a empresa chegou à capital. “A maioria dos passageiros é cordial, simpática e educada. Eles são gratos no fim do percurso e a forma de demonstrar isso é uma boa avaliação”, diz.