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Redução de estômago ajuda a melhorar a qualidade de vida

Cirurgia em pacientes diagnostic­ados com obesidade mórbida é essencial para se evitar doenças graves

- Tatiana cavalcanti

A obesidade mórbida é um problema de saúde que tem aumentado no Brasil, assim como os riscos à vida de pacientes com esse diagnóstic­o. A cirurgia para reduzir o estômago, e consequent­emente, perder peso, é gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) caso o problema seja diagnostic­ado.

Essa não é uma operação estética, segundo médicos, mas sim para sanar danos que podem se agravar e, até mesmo, levar à morte.

Um dos reflexos do aumento da obesidade no Brasil é a busca cada vez maior por esse tratamento­s. Disparou o número de cirurgias bariátrica­s realizadas pelo SUS. Em 2008 foram 3.195 procedimen­tos. Já em 2017, 10.064, alta de 215%, diz a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

O médico cirurgião João Caetano Marchesini, presidente da instituiçã­o, afirma que a perda de peso com a cirurgia evita doenças graves, como câncer hormonal (como ovário), diabetes, hipertensã­o, enfarte e apneia do sono. Ele diz que pacientes com obesidade mórbida têm 40 vezes mais chances de desenvolve­r uma doença grave e morrer.

“A operação não é o fim da linha, mas sim o começo de uma nova vida”, diz.

O especialis­ta alerta que o paciente pode perder até 40% do peso corporal, mas deve adotar estilo de vida saudável, com exercícios e alimentaçã­o adequada.

Segundo Luiz Vicente Berti, cirurgião bariátrico do Hospital São Luiz Itaim, a operação corrige uma enfermidad­e crônica. “É uma doença da alma, devido aos preconceit­os. Esse mal causa problemas, como gordura no fígado, que pode causar câncer”, diz. “Poderá matar mais que a cirrose, mas é tratável.”

Segundo Berti, atualmente há 8 milhões de obesos mórbidos no Brasil, grande parte de classes desfavorec­idas.

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