Agora

Vacinação urgente

- Presidente: Editor Responsáve­l:

Em 2001 foi declarada a erradicaçã­o do sarampo no Brasil. Menos de duas décadas depois, a doença retorna com um surto que já alcançou mais de 1.400 pessoas.

A causa é conhecida: baixa cobertura vacinal. Como regra, os especialis­tas dizem que 95% do público-alvo deve ser imunizado. Mas a taxa de aplicação da tríplice (que também evita caxumba e rubéola) despencou desde 2015, após 12 anos perto dos 100%. Em 2017, baixou para 84%, o que é preocupant­e.

Não é à toa que o sarampo está avançando. Sempre haverá portadores entrando no país, como ocorre agora com refugiados da Venezuela em Roraima. Isso não causaria problemas se a população estivesse devidament­e protegida.

O jeito agora é investir numa ampla campanha de vacinação, que inclui ainda a poliomieli­te. Não se sabe direito por que menos pais estão deixando de imunizar seus filhos. Pouco importa neste momento: é dever do poder público buscar as crianças onde elas estiverem, na escola ou em casa.

Assim promete agir a Prefeitura de São Paulo, e faz bem. Na maior cidade do país, a taxa de cobertura das duas vacinas ainda não havia atingido 60% na quinta-feira passada.

Vale, então, armar um posto em plena avenida Paulista, no sábado, como se fez, Ou aplicar vacinas nos colégios, como se planeja fazer na semana que começa.

Também parece prudente a mobilizaçã­o de equipes para bater de porta em porta, como se anuncia, atrás de quem ainda não foi vacinado. Mas em hipótese alguma os profission­ais devem tomar medidas contra a vontade dos pais.

Nesses casos, o importante é o convencime­nto. Motivo para proteger as crianças é o que não falta. Grupo Folha

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