Crescem casos de roubos e furtos em escolas da capital
Instituições de ensino foram alvo de 682 ações de ladrões no primeiro semestre deste ano
O número de furtos e roubos em estabelecimentos de ensino na capital tem crescido desde 2015 e, na média, houve o registro de quatro casos por dia no primeiro semestre deste ano. Escolas do ensino fundamental e creches, principalmente as da periferia, são os principais alvos desse tipo de ação.
Foram 682 casos nos primeiros seis meses deste ano, ante 633 em 2015 (aumento de 8%). Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação, fornecidos pela Secretaria Estadual da Segurança Pública, sob a gestão de Marcio França (PSB).
São furtos e roubos sem especificação se as vítimas são os frequentadores do local (alunos, professores, funcionários e visitantes, por exemplo) ou a escola.
Levando-se em consideração somente o período de janeiro a junho de 2018, praticamente seis em cada dez casos ocorreram em escolas do ensino fundamental (30,6%) ou berçários e creches (27,9%).
Entre os dez bairros com a maior quantidade de crimes, cinco estão no extremo da zona leste: São Rafael, Cidade Tiradentes, Lajeado, Itaim Paulista e Itaquera. O Grajaú (zona sul), porém, foi o bairro com a maior incidência.
“Faltam planos e investimentos em proteção patrimonial nas escolas. Percebemos que muitos casos se tratam de furtos que poderiam ser evitados se houvesse um bom sistema de alarme e de câmeras. Esse tipo de investimento não é muito caro, atualmente. Existem equipamentos baratos”, afirma o consultor José Vicente da Silva, ex-secretário nacional de Segurança Pública.
A análise é a mesma do consultor Carlos Porto. “É preciso fazer um mapeamento onde há mais crimes e incrementar segurança maior nesses locais. Embora a presença física de um vigilante possa ajudar, sai mais barato instalar equipamentos adequados e eficientes”, diz.