Pontes sobre as marginais são perigosas para pedestres
Pelo caminho há piso rachado, parapeito baixo e muita sujeira. Existe também medo da ação de bandidos
Pedestres que usam pontes para cruzar as marginais encontram dificuldades.
Na semana passada, o Vigilante Agora visitou 13 pontes sobre as marginais Pinheiros e Tietê e constatou que elas necessitam de manutenção.
Piso rachado, parapeito baixo e sujeira são alguns dos problemas encontrados. Além disso, há o riscos de assaltos.
No ano passado, o TCM (Tribunal de Contas do Município) barrou o projeto de revitalização proposto pela então gestão João Doria (PSDB), que previa a reforma das pontes nas marginais em troca da exposição das marcas em painéis de LED.
O projeto está atualmente em tramitação interna.
Na ponte Transamérica, em Santo Amaro (zona sul), o pedestre que vai sentido Santo Amaro encontra pelo caminho entulho, lixo e mato alto. Por isso precisa andar pela via, dividindo espaço com caminhões e ônibus, correndo risco de atropelamento.
A ponte do Tatuapé, na zona leste, tem mato alto e um parapeito baixo. São apenas 63 centímetros de altura separando quem passa pela ponte de uma queda no rio Tietê. Além disso, assaltos também são frequentes.
No bairro do Jaguaré (zona oeste), a ponte que leva o nome do bairro e liga a avenida Jaguaré a avenida Queiroz Filho, apresenta trepidação excessiva. O piso, esburacado, passa a sensação de insegurança para pedestres.
“Tem tanto buraco que parece que a gente vai cair da ponte. Fora que à noite, aqui vira um prato cheio para os bandidos”, diz o motorista Fernando da Silva, 59 anos.
A ponte Imigrante Nordestino, na zona leste, além de apresentar blocos de cimento soltos, tem um vão no parapeito, onde é possível passar uma criança.
Na ponte do Morumbi, no Brooklin (zona sul), um portão que dá acesso ao canteiro de obras do monotrilho da linha 17-ouro, está aberto, sem proteção, deixando qualquer pessoa acessar a escada que desce para perto do leito do rio Pinheiros. O mesmo problema foi encontrado na ponte da Vila Guilherme, na zona leste, onde um portão estava aberto.
“Essa é a única passagem que a gente tem para ir para Santo Amaro”, afirma ajudante geral Antônio Sérgio Valentim, 51. “A ponte está boa. Mas quando chove, alaga e as pessoas têm muitos problemas”, diz.