Superlotado, hospital interna pacientes em sala de espera
Corredores do Ermelino Matarazzo já estão cheios, e pacientes têm de ficar em outras salas
Pacientes que precisam ficar internados no Hospital Municipal de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, têm sido alojados em salas de espera da unidade por causa da superlotação nos quartos e nas enfermarias. Este é mais um capítulo da situação do hospital, que convive desde o ano passado com os corredores lotados de pacientes (leia texto abaixo).
O Agora esteve ontem no local e constatou a superlotação. Na sala de espera, onde os pacientes deveriam aguardar por sessões de inalação e consultas com um oftalmologista, o que havia eram três macas ocupadas, uma delas com um homem com suspeita de AVC, e uma vazia.
Os corredores também estavam lotados de macas. Segundo familiares e pacientes, o atendimento precário ocorre há tanto tempo que virou rotina. Na parede de um dos corredores havia uma placa informando que ali fica a ala de observação feminina, com espaço para um “leito extra”.
Mas a crítica de quem usa o hospital de Ermelino Matarazzo vai além da falta de vagas para internação. Pacientes e acompanhantes reclamam que em alguns momentos faltam macas, ou as que têm apresentam problemas nas grades de proteção, cadeira de rodas e cobertor.
“Minha mãe quebrou o tornozelo e não tem uma comadre para usar. É um sufoco ter que ir até o banheiro. A comida está fria e é ruim”, afirma a comerciante Joyce Pereira Santos, 36 anos. Segundo ela, os médicos disseram que a mãe dela terá que esperar pelo menos cinco dias para operar o tornozelo.
Banheiros sujo
Além disso o hospital, que já foi referência em atendimento médico na região leste da capital, está com o banheiro sujo, sem tampas nos vasos sanitários e com portas de armários quebradas. No setor de atendimento a gestantes, uma das paredes tem uma grande rachadura, logo acima dos bancos de espera.