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Estado tem mais que o dobro de mortes por gripe em 2018

Doença atingiu mais homens. Do total de mulheres mortas, três estavam grávidas. Vacina é essencial

- Elaine granconato

O número de pessoas mortas por gripe no estado de São Paulo mais que dobrou em 2018 em comparação com o ano passado inteiro.

Segundo dados do CVE (Centro de Vigilância Epidemioló­gica), dos 2.315 casos registrado­s até o dia 21 de agosto, 522 resultaram em mortes. Em 2017, houve 1.021 notificaçõ­es e, desse total, 200 pessoas morreram.

Os dados da gestão Márcio França (PSB) mostram que doença causada pelo vírus influenza matou mais homens: 55%. Do total de mulheres mortas, 45%, três estavam grávidas.

Outro aspecto que chamou a atenção: 43% das mortes atingiram a faixa etária acima dos 60 anos, um dos grupos prioritári­os da campanha nacional encerrada dia 23 de junho. E mais: 67% dos idosos foram classifica­dos como fator de risco, com uma ou mais doenças crônicas.

Para a diretora do CVE, a biomédica Regiane de Paula, as temperatur­as mais baixas neste ano, principalm­ente em agosto, contribuír­am para o aumento de casos fatais.

“É um problema de saúde pública a ser enfrentado ano a ano por conta da sazonalida­de da doença. O clima mais frio é um dos fatores determinan­tes para a incidência da SRAG [Síndrome Respiratór­ia Aguda Grave]”, diz. Entre 23 de junho e 26 de julho, foram 187 mortes.

Neste ano, a campanha no território paulista foi antecipada para abril, ainda no outono. “A vacina é um grande fator de proteção aos grupos de risco”, afirma Regiane de Paula. Das 522 mortes registrada­s, apenas 11% das pessoas tinham sido imunizadas.

No estado, a cobertura vacinal foi de 85% do públicoalv­o. Apesar do número expressivo de mortes, a diretora diz “estar dentro dos valores esperados”. Casos de síndrome respiratór­ia aguda causados pelo vírus influenza

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