Divisor de águas
Corinthians recebe o Colo-colo e precisa de virada para se manter vivo na Libertadores e salvar o técnico Loss
O futuro de Osmar Loss no Corinthians passa pelo jogo de hoje, contra o Colo-colo, às 21h45, em Itaquera, pela Libertadores. Derrotado no jogo de ida das oitavas de final por 1 a 0, o time alvinegro precisa reverter a desvantagem para seguir em frente na competição e ainda salvar o seu treinador.
Apesar do discurso recorrente da diretoria, sobretudo do presidente Andrés Sanchez, não vai ser fácil para Loss manter o seu cargo em caso de desclassificação.
O ex-auxiliar assumiu a equipe em maio, ao substituir Fábio Carille. Naquele momento, contava com o respaldo de seu antecessor, também um ex-auxiliar promovido a técnico do time.
Mas Loss não teve o mesmo início vitorioso de Carille. Pelo contrário, em 19 jogos, perdeu 9, empatou 3 e venceu 7. Não à toa, ele faz questão de pedir à torcida apoio total e paciência para o duelo desta noite.
“Espero que o comportamento seja o mesmo do [jogo contra o] Paraná: apoio irrestrito e incondicional. Que nos ajudem, nos empurrem, deem força na dificuldade e que tenham paciência.”
Além do apoio da Fiel, o Timão precisa fazer sua parte em campo. E se livrar de um tabu. Desde 2000, o time não sabe o que é conseguir uma virada em jogos de mata-mata da Libertadores. A última vez que isso ocorreu foi diante do Rosario Centralarg, também nas oitavas.
Em 2003 e 2006 diante do River Plate, em 2010 contra o Flamengo, em 2013 diante do Boca Juniors, e em 2015, contra o Guaraní, do Paraguai, o time foi eliminado da competição sul-americana em condições semelhantes da que se encontra agora: perdeu o jogo de ida e não conseguiu reverter na volta.
Loss tem conhecimento desse histórico. E está usando as armas das quais dispõe para não repetir a escrita.
Ontem, ele fechou boa parte do treino realizado no Parque Ecológico e deu apenas algumas pistas do time que vai escalar (veja abaixo).
Independentemente de quem jogar, Loss sabe que a corda está em seu pescoço.