Novo metrô falha em acessibilidade
Propagandeada como um marco de acessibilidade para o metrô de São Paulo, a mais nova estação da rede, a Aacd-servidor, da linha 5-lilás, abre as portas ao público hoje sem inovações ou serviços adicionais às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzidas.
Os avanços nas instalações são tímidos para a estação que fica no mesmo quarteirão de dois centros de saúde com intenso fluxo de pessoas com potenciais problemas de mobilidade: a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Vila Clementino (zona sul).
A estação, que inicialmente estará aberta apenas das 9h às 16h, segue o modelo de outras paradas mais novas do Metrô, com o básico em acessibilidade, como piso sinalizado para orientação de cegos, grande área de circulação, corrimãos, banheiros acessíveis e funcionários treinados para o atendimento deste público. A Aacd-servidor é a única que, no pavilhão de entrada, contará com dois elevadores.
A estação não terá guichês de atendimento nem comunicadores rebaixados. Também não há passagem de catracas específicas para cadeirantes —é preciso usar o “portãozinho lateral”, aberto por funcionário.
Segundo o Metrô, os trens possuem um sistema de calibragem que os ajustam à altura da plataforma automaticamente. Mas ontem, o desnível chegava a cerca de 10 centímetros.
Também não há na nova estação mais pontos preferenciais de embarque e desembarque.