AMAS voltam a funcionar, mas com menos médicos
Pronto-atendimento foi retomado em 13 unidades, mas equipe era menor em parte delas
As AMAS (Assistência Médica Ambulatorial) que haviam sido transformadas em postos de saúde pela Prefeitura de São Paulo retomaram ontem o pronto-atendimento durante os dias de semana, mas algumas estavam com menos médicos e uma delas ainda não faz atendimento de segunda a sexta-feira.
No dia 25 de agosto, as 13 unidades voltaram a atender aos sábados, e a prefeitura anunciou que operariam integralmente durante a semana a partir de ontem.
No entanto, o atendimento foi prejudicado pela falta de médicos em pelo menos três unidades da zona oeste e quatro da zona sul. Na AMA/ UBS Integrada Vila Joaniza, as senhas se esgotaram por volta do meio dia. Havia somente um clínico geral na unidade, que funcionava com três médicos no início do ano, antes da reestruturação da saúde. Os recepcionistas orientavam os pacientes a procurar UPAS e hospitais, ou voltar hoje.
Na AMA do Jardim Miriam, o pronto-atendimento foi interrompido no início da tarde, quando a única médica que estava no local precisou acompanhar paciente transferido para hospital. Já na unidade do Parque Maria Domitila, o pronto-atendimento a casos de baixa complexidade ainda ocorre somente aos sábados.
O fechamento das AMAS fazia parte do projeto de reorganização dos serviços municipais de saúde, anunciado em março pela gestão do então prefeito João Doria (PSDB). A previsão inicial era de que 108 unidades passassem a funcionar como postos de saúde, sem pronto-atendimento. A reestruturação foi alvo de seis inquéritos do Ministério Público, e a pressão fez com que o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), suspendesse o projeto em maio.