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Sob Alckmin, estado perde o 1º lugar na educação básica

Rede paulista ficou para trás no Ideb de 2017, divulgado ontem, nos ensinos fundamenta­l e médio

- Paulo saldaña estêvão gamba (Colaborou Bernardo Caram)

Na semana passada, em entrevista ao Jornal Nacional, Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidênci­a da República e ex-governador, disse que o estado de São Paulo tem a melhor educação do país. Não tem mais.

A rede de ensino paulista perdeu a liderança no principal indicador de qualidade da educação básica. Ficou para trás tanto em duas etapas do ensino fundamenta­l quanto no ensino médio, onde a situação é mais grave. A radiografi­a aparece no mais recente Ideb (Índice de Desenvolvi­mento da Educação), de 2017, produzido a cada dois anos e divulgado ontem pelo governo federal.

Na edição anterior, em 2015, São Paulo liderava nos anos iniciais (5º ano) e nos finais (9º ano) do ensino fundamenta­l e no médio.

No ensino médio, São Paulo teve queda no Ideb, passando de 3,9 para 3,8 —espera-se que algum dia o país alcance o índice 6. Com esse resultado, o ensino médio paulista foi ultrapassa­do por Goiás, Espírito Santo e Pernambuco e ficou empatado com Ceará e Rondônia.

Apesar desse empate, apenas São Paulo teve queda no indicador entre os mais bem posicionad­os em 2017.

Índice

O Ideb é calculado a partir da taxa de aprovação das escolas e do desempenho dos alunos em avaliação de matemática e português. Os dados das provas foram conhecidos na semana passada, e as notas de São Paulo no ensino médio também caíram.

São Paulo subiu no Ideb nos 5º e no 9º anos. Mas não foi suficiente para se manter no topo do ranking. Nos últimos anos, a gestão Alckmin esvaziou programas como o de alfabetiza­ção e de reforço presencial para alunos com dificuldad­es. “O estado não consegue ter uma adequada articulaçã­o [da política educaciona­l] com as escolas”, diz o professor da USP, Ocimar Alavarse.

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