Funcionários salvaram parte das relíquias
Rio Foi por uma porta lateral que funcionários, professores, membros da reitoria e outros voluntários entraram no Museu Nacional e conseguiram resgatar importantes, ainda que pequenos, fragmentos da história.
As chamas já consumiam a parte central do palacete bicentenário quando grupos de Whatsapp dos servidores do museu e da UFRJ começaram a tocar.
Minutos depois, formavase força-tarefa de cerca de 50 pessoas aos pés do museu. “Chegando lá começamos uma missão de entrar e resgatar o máximo possível”, conta Eduardo Serra, um dos sete pró-reitores da UFRJ.
O fogo ainda não havia chegado naquele canto do prédio, mas sentia-se o calor e a fumaça. Àquela altura, as chamas já se alastravam pelo segundo e pelo terceiro andar —que abrigavam as exposições e a administração.
“Você fica um pouco em transe, vai tirando o que é possível, mas no fundo você conhece o tamanho do museu, sabe que é uma partezinha ínfima do total‘, conta Tatianny Araújo, 40, que estuda serviço social na UFRJ.
Algumas rochas da Coleção Werner, que ficavam próximas à saída, foram retiradas, inclusive rochas pesadas, carregadas nos ombros. Segundo funcionários, as pedras estão danificadas, mas podem ser recuperadas.