Funcionários de Sesi e Senai bancam campanha de Skaf
Funcionários de Sesi e Senai de São Paulo bancarão parte da campanha do presidente licenciado da Fiesp (Federação de Indústrias do Estado de São Paulo) Paulo Skaf, que concorre ao governo pela terceira vez pelo MDB. Skaf chefiava até junho o chamado Sistema S, quando se licenciou.
Lançou uma campanha de vaquinha virtual para angariar recursos, que até o último dia 14 tinha rendido quase R$ 160 mil, pagos por quase 1.300 pessoas. Hoje, contabilizando doações até 31 de agosto, a arrecadação no financiamento coletivo está em R$ 169 mil.
Levantamento da reportagem aponta que ao menos R$ 136 mil foram pagos por funcionários do Sesi e do Senai. Para chegar a esse resultado, a reportagem extraiu as informações de doadores do site da vaquinha em 14 de agosto. Depois, comparou esses nomes com listas de funcionários, coordenadores e diretores disponíveis nas páginas da Fiesp, Ciesp, Sesi e Senai. É possível que existam homônimos de pessoas ligadas às entidades.
O dinheiro desses doadores, pouco mais de R$ 87,2 mil, representa 54% da quantia arrecadada.
Segundo dois funcionários do Sesi e do Senai, as colaborações foram pedidas em grupos de Whatsapp de pessoas das próprias instituições, inclusive pelo número do próprio Skaf. Todas as pessoas ouvidas disseram que a doação foi voluntária.
Advogados dizem que, em tese, superiores hierárquicos pedindo doações eleitorais em grupos podem gerar ações por dano moral.
A campanha de Skaf diz ter gratidão pelos colaboradores. “Essas doações partem de quem conhece de perto seu caráter e seu trabalho”, afirma.