Agora

Fifa ignora Messi e reforça peso da Liga dos Campeões

Pela primeira vez em 11 anos, argentino não está entre os três finalistas da eleição de melhor do planeta

- Alberto nogueira (FSP)

A Fifa divulgou os finalistas que concorrerã­o ao prêmio “The Best”. Além de Cristiano Ronaldo, 33 anos, que tem os mesmos cinco prêmios de Lionel Messi, 31, e busca se isolar no topo, estão na briga o croata Luka Modric, 32 e o egípcio Mohamed Salah, 26.

O ano de 2006 havia sido o último sem Messi no pódio. Desde 2007, quando figurou entre os três melhores pela primeira vez, ele só havia vencido ou ficado segundo. Só Kaká e Cristiano Ronaldo foram capazes de superá-lo.

Nas últimas temporadas, porém, o camisa 10 do Barcelona assistiu ao português faturar três prêmios consecutiv­os, muito em função do tricampeon­ato do Real Madrid na Liga dos Campeões.

O mesmo torneio foi decisivo para que Messi fosse eleito o melhor do mundo em 2015, na última oportunida­de em que ele e o Barcelona conquistar­am o título.

Agora capitão do clube catalão, o argentino sabe que o objetivo do Barça é voltar a levantar a taça europeia. Em seu primeiro discurso com a braçadeira, em agosto, falou diretament­e à torcida: “Faremos de tudo para conquistá-la de novo”. A importânci­a da Liga é reforçada pelo fato de os três finalistas do “The Best” terem disputado a decisão do torneio.

Messi teve desempenho individual parecido com os de Cristiano Ronaldo e Salah. Conquistou o Espanhol e a Copa do Rei, mas, pela terceira vez seguida, o Barcelona parou nas quartas de final da Liga dos Campeões.

Modric foi companheir­o do português no título do Real. A dupla ajudou a equipe espanhola a vencer o Liverpool, cuja estrela é Salah.

O egípcio foi a sensação da última temporada do futebol inglês e artilheiro do campeonato, além de marcar dez gols na Liga dos Campeões.

Contrariad­o com a decisão, o Barça usou o Twitter para defender seu craque: “Ele é o melhor e ponto”.

Maior do que a Copa

O desempenho pelos clubes, em especial no torneio europeu, hoje é mais determinan­te do que o título da Copa do Mundo. O atacante Griezmann, do Atlético de Madrid, foi campeão da Liga Europa, campeão mundial com a França e eleito o melhor jogador da final, que terminou com vitória francesa sobre a Croácia, de Modric.

Uma lista impression­ante de feitos individuai­s e coletivos, mas não o suficiente para botar Griezmann ou qualquer outro francês no topo.

A Copa tinha peso maior em outros anos. Em 2006, foi emblemátic­a a escolha do zagueiro italiano Fabio Cannavaro. Ele não fora campeão da Liga dos Campeões anterior ao Mundial (vencida pelo Barça) e não havia feito temporada fora de série pelo Real. Mas pesou de forma decisiva o título com a Itália.

A ausência de franceses escancara o peso menor que é atribuído atualmente ao Mundial para a premiação. Em 2010 e 2014, apesar de os vencedores não terem conquistad­o a Copa, havia pelo menos um representa­nte do país que levou o título.

Na edição deste ano, pela primeira vez desde o início do prêmio, em 1991, não há um atleta de países que já foram campeões mundiais entre os três melhores. Desempenho pelo clube Desempenho na Copa Títulos na temporada Conquistas pessoais Desempenho pelo clube Desempenho na Copa Títulos na temporada Conquistas pessoais Desempenho pelo clube Desempenho na Copa Títulos na temporada Conquistas pessoais Desempenho pelo clube Desempenho na Copa Títulos na temporada Conquistas pessoais 44 gols em 52 jogos 2 gols em 2 jogos na Copa do Mundo - Lionel Messi 45 gols em 54 jogos 1 gol em 4 jogos na Copa do Mundo Campeão da Liga e da Copa do Rei da Espanha Artilheiro do Campeonato Espanhol Cristiano Ronaldo 44 gols em 44 jogos 4 gols em 4 jogos na Copa do Mundo Campeão da Liga dos Campeões, do Mundial Interclube­s (2017), Supercopa da Europa e da Espanha (2017) Artilheiro da Liga dos Campeões Luka Modric 2 gols em 43 jogos 2 gols em 7 jogos na Copa do Mundo Campeão da Liga dos Campeões, do Mundial Interclube­s (2017), Supercopa da Europa e da Espanha (2017) Melhor jogador da Copa do Mundo e melhor jogador temporada europeia Prêmios de melhor do mundo (2009, 2010, 2011, 2012 e 2015) (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017)

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Reprodução O uruguaio Arrascaeta, do Cruzeiro, acerta lindo voleio contra o América-mg; golaço rendeu ao jogador da Raposa a indicação ao prêmio de gol mais bonito
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