Alckmin culpa novo cálculo por queda da educação de SP
Segundo tucano, escolas técnicas também deveriam compor critério em ranking nacional
O candidato a presidente e ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) atribuiu a uma metodologia do Ministério da Educação a perda da liderança do estado de São Paulo, sob a sua gestão, no principal indicador de qualidade da educação básica.
A rede de ensino paulista ficou para trás tanto em duas etapas do ensino fundamental quanto no ensino médio, onde a situação é mais grave. O retrato aparece no mais recente Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação), de 2017, produzido a cada dois anos e divulgado anteontem pelo MEC.
Na edição anterior, em 2015, São Paulo liderava nos anos iniciais (5º ano) e nos finais (9º ano) do ensino fundamental e também no ensino médio.
“A portaria do MEC [Ministério da Educação] dizia que o ensino médio das escolas técnicas talvez era para valer [para o índice]. Depois o Inep [instituto que aplica a avaliação] tirou”, afirmou o candidato tucano ontem.
“Quem faz o ensino médio na [escola técnica] Paula Souza, faz vestibulinho, são os melhores alunos”, afirmou o candidato, em referência ao centro de educação tecnológica da rede paulista.
Mas, segundo o ministério, as escolas técnicas nunca foram consideradas na série histórica para a avaliação de municípios e estados.
A pasta diz ainda que o resultado da participação dessas instituições é contabilizado apenas no ranking por escolas. Sendo assim, o cômputo dos resultados dos estudantes de escolas técnicas não foi incluído no Ideb para manter a comparabilidade com as edições anteriores.
Sem comparação
Alckmin, que governou por quatro mandatos e renunciou em abril para disputar a Presidência, não respondeu por que o efeito foi pior em São Paulo do que em outros estados, apesar de o critério ser o mesmo no país.