Fachin nega o pedido de Lula
Brasília O ministro Edson Fachin, do STF, negou pedido da defesa do ex-presidente Lula para suspender sua inelegibilidade e manter sua candidatura à Presidência.
Os advogados do petista pediram que, com base no entendimento do Comitê de Direitos Humanos da ONU a favor de Lula, ele tenha direito de disputar a eleição.
Entraram com pedido de liminar no STF devido à decisão do TSE de barrar a candidatura e determinar a substituição do candidato do PT até a próxima terça-feira.
O pedido negado por Fachin era para que o STF concedesse efeito suspensivo ao recurso extraordinário apresentado em abril contra a condenação de Lula na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em sua decisão, divulgada na madrugada de ontem, Fachin diz que o órgão internacional não se manifestou pela suspensão da condenação criminal, como pleiteou a defesa, mas apenas sobre a questão da candidatura.
Os advogados de Lula argumentaram que a concessão de liminar se justificava porque havia plausibilidade no recurso extraordinário destinado ao Supremo. O ministro rebateu todas as alegações da defesa. Nesta quarta, os advogados da área eleitoral fizeram o segundo pedido de liminar ao STF, desta vez para que se suspenda a decisão do TSE até o julgamento do recurso que a contesta.