Médica morre atropelada e arrastada por assaltantes
Vítima foi abordada, saiu de carro e parou atrás dele. Bandidos viram a PM chegar e a atingiram ao fugir
A médica Maria Eliza Calippo Aquino de Alencar, 57 anos, foi morta anteontem à noite após ser atropelada e arrastada por cerca de 100 metros pelo próprio carro, no Campo Belo (zona sul de São Paulo). O veículo era ocupado por ladrões que haviam acabado de atacar a vítima.
O caso ocorreu por volta das 21h. A médica havia saído do trabalho e voltava para casa em seu Logan prata, quando foi abordada pelos bandidos na esquina das avenidas Lino de Moraes Leme e João Pedro Cardoso.
Câmeras de monitoramento que registraram o crime mostram três assaltantes, entre eles um adolescente de 15 anos, caminhando pela avenida Lino de Moraes Leme. Antes de abordarem Maria Eliza, eles tentaram roubar um carro branco. Entretanto, o motorista desse veículo percebeu a ação, deu marcha a ré e conseguiu escapar dos suspeitos.
Quando chegaram ao Logan, a médica foi retirada do veículo e ficou em pé, atrás do carro. Nesse momento, o trio percebeu a chegada de um carro da Polícia Militar.
Um deles fugiu a pé. O adolescente e o outro homem do grupo entraram no Logan. Quem ocupou o volante deu marcha a ré em alta velocidade e atropelou a médica, que ficou presa embaixo do próprio carro. Após o Logan dar um “cavalo de pau”, a médica se desprendeu do carro e ficou estirada no meio da avenida.
O adolescente e o comparsa fugiram até bater em uma mureta de uma travessa da favela Alba. Policiais conseguiram deter o adolescente, enquanto o outro integrante do grupo fugiu para o interior da comunidade.
Maria Eliza chegou a ser socorrida até o Hospital São Paulo, mas não resistiu. Em depoimento, o menor disse que os outros comparsas são Wendell “Gordão”, neto de um dono de ferro-velho da favela, e “Grandão”. O caso foi registrado no 16º DP (Vila Clementino) e será investigado pelo 35º DP (Jabaquara).