Bolsonaro vai usar internet para chegar aos eleitores
Um dia após ser atacado, candidato recorreu ontem às redes sociais para dizer que está bem
Impossibilitado de fazer atos públicos após ter sido atingido por uma facada anteontem, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) deve usar as redes sociais para falar com seus eleitores nos próximos 30 dias que antecedem as eleições.
Pouco menos de 24h depois de ter sofrido o atentado, ele recorreu à Internet para tranquilizar seus seguidores: “Estou bem e me recuperando!”, escreveu. “Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na terra, e a todos pelo apoio e orações!”
Com grande número de seguidores, que ultrapassa um milhão, foi uma questão de segundos para que as postagens recebessem centenas de replicações e respostas.
Como a recuperação do candidato —que foi levado de Juiz de Fora (MG) para São Paulo ontem— não deve ser rápida, e sua internação pode durar pelo menos dez dias, outras pessoas terão de assumir os atos de rua.
Já foram escalados para a função dois de seus filhos, o candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que disputa reeleição. O vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), também deve assumir algumas das agendas.
O ataque sofrido pelo candidato coincidiu com um momento em que a organização da campanha pretendia intensificar os atos nas ruas. Embora lidere as pesquisas de intenção de votos, ele perde para quase todos adversários em simulações de segundo turno, com a exceção de Fernando Haddad (PT), com quem aparece tecnicamente empatado.
Diante disso, aliados haviam decidido intensificar as ações de campanha nos maiores colégios eleitorais do país, em especial estados do Sudeste e do Nordeste, e incluir agendas públicas nos domingos e nas segundasfeiras, dias que o candidato tirava para descansar com a família no Rio de Janeiro ou para se preparar para entrevistas e debates. O primeiro ato de rua num domingo estava previsto amanhã.
A campanha também terá de decidir sobre entrevistas e debates.