Agora

Bolsonaro vai usar internet para chegar aos eleitores

Um dia após ser atacado, candidato recorreu ontem às redes sociais para dizer que está bem

- Talita fernandes guilherme seto (FSP)

Impossibil­itado de fazer atos públicos após ter sido atingido por uma facada anteontem, o presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL) deve usar as redes sociais para falar com seus eleitores nos próximos 30 dias que antecedem as eleições.

Pouco menos de 24h depois de ter sofrido o atentado, ele recorreu à Internet para tranquiliz­ar seus seguidores: “Estou bem e me recuperand­o!”, escreveu. “Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na terra, e a todos pelo apoio e orações!”

Com grande número de seguidores, que ultrapassa um milhão, foi uma questão de segundos para que as postagens recebessem centenas de replicaçõe­s e respostas.

Como a recuperaçã­o do candidato —que foi levado de Juiz de Fora (MG) para São Paulo ontem— não deve ser rápida, e sua internação pode durar pelo menos dez dias, outras pessoas terão de assumir os atos de rua.

Já foram escalados para a função dois de seus filhos, o candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que disputa reeleição. O vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), também deve assumir algumas das agendas.

O ataque sofrido pelo candidato coincidiu com um momento em que a organizaçã­o da campanha pretendia intensific­ar os atos nas ruas. Embora lidere as pesquisas de intenção de votos, ele perde para quase todos adversário­s em simulações de segundo turno, com a exceção de Fernando Haddad (PT), com quem aparece tecnicamen­te empatado.

Diante disso, aliados haviam decidido intensific­ar as ações de campanha nos maiores colégios eleitorais do país, em especial estados do Sudeste e do Nordeste, e incluir agendas públicas nos domingos e nas segundasfe­iras, dias que o candidato tirava para descansar com a família no Rio de Janeiro ou para se preparar para entrevista­s e debates. O primeiro ato de rua num domingo estava previsto amanhã.

A campanha também terá de decidir sobre entrevista­s e debates.

 ?? Nacho Doce/reuters ?? Eleitoras do candidato Jair Bolsonaro (PSL) em frente ao hospital Albert Einstein, no Morumbi (zona oeste de SP), para onde ele foi levado na manhã de ontem, um dia depois de sofrer um atentado a facas em Minas
Nacho Doce/reuters Eleitoras do candidato Jair Bolsonaro (PSL) em frente ao hospital Albert Einstein, no Morumbi (zona oeste de SP), para onde ele foi levado na manhã de ontem, um dia depois de sofrer um atentado a facas em Minas

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