Com poucos recursos, museus do Rio improvisam
As labaredas ainda consumiam o Museu Nacional quando as inquietações começaram a surgir. E a Biblioteca Nacional? E o Museu Nacional de Belas Artes?
A preocupação ecoou mundo afora. A Unesco mandará uma missão ao Rio por 15 dias, a partir da semana que vem, não só para acompanhar os trabalhos nos escombros do incêndio mas para identificar problemas em outros museus.
Sede do poder por quase 200 anos, de 1763 até 1960, quando Brasília tornou-se capital federal, o Rio guarda boa parte da riqueza histórica do país —e o faz em prédios que são parte dela.
A reportagem visitou quatro espaços que estão entre as 30 unidades geridas pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), vinculado ao Ministério da Cultura.
Foram eles o Museu Nacional de Belas Artes, Museu da República, Museu Histórico Nacional e Chácara do Céu. Esteve também na Biblioteca Nacional e a Casa de Rui Barbosa. Nenhum dos seis espaços visitados tem o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros. Isso não significa, contudo, que visitantes e acervos estejam sob risco iminente.
Todos os imóveis mantinham extintores, hidrantes e outros equipamentos checados por conta própria, dimensionados e distribuídos de acordo com consultorias de segurança contratadas para esse fim.