Agora

Depois da facada

- Presidente: Editor Responsáve­l:

Ao contrário do que muita gente imaginava, o presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL) não disparou na preferênci­a do eleitorado após ter sido vítima de um absurdo atentado a faca.

Na pesquisa Datafolha divulgada ontem, ele aparece com 24%. No levantamen­to anterior, feito em 20 e 21 de agosto, eram 22%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuai­s, nem dá para falar em cresciment­o.

Os números mostram, isso sim, que Bolsonaro é um candidato muito forte no primeiro turno. Afinal, 74% dos seus eleitores dizem que seu voto está totalmente decidido.

Já no segundo turno é outra história. Com a rejeição mais alta entre os presidenci­áveis, ele não vence nenhum dos principais adversário­s.

Na pesquisa, a primeira do Datafolha após o início da propaganda de TV, quem mais perde é Marina Silva (Rede), caindo de 16% para 11%. Pela primeira vez, ela aparece atrás de Ciro Gomes (PDT), que passou de 10% para 13%.

Geraldo Alckmin (PSDB) continua devagar, variando de 9% para 10%, e Fernando Haddad, que ainda não é o candidato oficial do PT, subiu de 4% para 9%.

Uma eleição em que cinco concorrent­es têm chances de vencer é coisa muito rara. Daqui para a frente, é provável que os votantes comecem a fazer as contas para ver quem tem mais chances.

Ciro, por exemplo, vai bem agora, mas deve ter um caminho difícil quando a campanha de Haddad, com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, começar para valer. Já Marina vai bem nas simulações de segundo turno, mas ficou mais complicado chegar lá.

Ainda é a eleição mais imprevisív­el dos últimos tempos. Grupo Folha

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