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UBSS fazem campanha para alertar paciente que falta

Cerca de 30% das pessoas não vão às consultas e postos fazem denúncia com cartazes na parede

- Elaine granconato

As UBSS (Unidades Básicas de Saúde) e as AMAS (Assistênci­as Médicas Ambulatori­ais) criaram campanhas internas de conscienti­zação aos usuários que agendam consultas e exames, mas não aparecem no dia e na hora marcados. E também não justificam a ausência com razoável antecedênc­ia, para que outros pacientes possam ser chamados. Os índices de faltas chegam a 30% na rede de saúde municipal.

Na UBS Luiz Ernesto Mazzoni, na Vila Liviero, no distrito do Sacomã (zona sul de São Paulo), em agosto 693 pessoas faltaram às consultas, número que representa, em média, 30,9% do total ofertado em atendiment­os de clínica médica, ginecologi­a, pediatria, odontologi­a, psicologia e saúde da família.

A informação ao usuário está fixada em um cartaz na parede da unidade de saúde, com um alerta “Faltar à consulta, faz mal à saúde”. A medida visa dar chance a outra pessoa que aguarda na fila para ser atendido.

O mesmo alerta foi colado na parede da UBS e AMA Burgo Paulista, que funcionam no mesmo espaço físico em Ermelino Matarazzo (zona leste). Dois banners, um em cada equipament­o, apontam: “Sua falta faz falta”.

O aviso pede para que o paciente, em caso de algum imprevisto e não comparecim­ento na consulta ou exame já agendados, avise com 48 horas de antecedênc­ia.

Índice alto

Apesar das medidas adotadas por algumas das unidades da rede municipal para alertar sobre o problema das faltas, o médico sanitarist­a Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universida­de de São Paulo), afirma que o índice de 30% de faltas de pacientes é exagerado.

“Provavelme­nte, as consultas agendadas estão sendo marcadas muito distantes ou o gerenciame­nto destas vagas ocorre de maneira inadequada”, diz. Um primeira consulta com clínico, segundo Vecina, não pode levar mais do que 20 dias.

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