Presa suspeita de participar da morte da PM Juliane
Acusada tem 29 anos e seria liderança do tráfico de drogas em Paraisópolis, onde a soldado foi vista
A polícia prendeu na manhã de ontem uma mulher de 29 anos acusada de envolvimento na morte da policial militar Juliane dos Santos Duarte, 27, no mês passado. A informação foi confirmada pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão Márcio França (PSB).
A prisão da suspeita ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária, de 30 dias, expedido pela Justiça. A secretaria não deu mais detalhes sobre o caso, que se encontra em “segredo de justiça”.
A acusada presa seria, segundo fontes policiais, uma das lideranças do tráfico de drogas na favela de Paraisópolis (zona sul), conhecido reduto da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), onde a PM foi vista com vida pela última vez, em 2 de agosto.
A soldado Juliane foi encontrada morta em 6 de agosto, dentro do porta-malas de um carro em Jurubatuba (zona sul), após ser sequestrada por homens encapuzados, dentro de um bar, na favela de Paraisópolis.
Antes de sumir, ela havia se identificado como policial, por conta do furto de um celular, dentro do bar.
Perícia
Fonte da Polícia Civil, que falou em condição de anonimato, afirmou que a perícia realizada em roupas e em duas armas, apreendidas dentro da casa da suspeita detida ontem, podem ter convencido à Justiça sobre a necessidade da prisão da mulher. “A perícia pode ter identificado sangue da policial nas roupas, ou ainda ter identificado uma das pistolas [calibre 40] apreendidas como a da policial Juliane”.
Além da mulher presa ontem, a Polícia Civil também já havia detido a outros dois suspeitos, um deles flagrado estacionando a moto da soldado, e outro identificado como “Sem Fronteira”, após denúncias anônimas ligarem ele ao assassinato de Juliane.