Maradona se desdobra
Menos de dois meses após a Copa do Mundo, quando roubou a cena nos jogos da Argentina, o ex-jogador Diego Maradona já assumiu a presidência de um clube e o comando técnico de outro, a mais de 10 mil quilômetros de distância do primeiro.
No último dia 6, ele foi anunciado como treinador do Dorados de Sinaloa, do México. Em julho, porém, havia sido apresentado como presidente do Dínamo Brest, de Belarus.
Os torcedores do Dínamo lotaram uma das arquibancadas do estádio local para ver o campeão de 1986.
“Virou feriado. Foi uma grande festa. O pessoal está maluco aqui”, diz o brasileiro Nivaldo Rodrigues, 30 anos, atacante do Dínamo. “Tínhamos um público de 4.000, 5.000 pessoas por jogo. Hoje já temos 7.000. O clube ficou mais visado.”
Integrante da primeira divisão do país, tem estádio para 10 mil espectadores e sua principal glória é o tri da Copa do Belarus.
Com passagens pelo potiguar Alecrim e por clubes de Portugal, Turquia, Cazaquistão e Rússia, Nivaldo foi um dos muitos envolvidos no Dínamo que viu na chegada de Maradona uma chance de ganhar mais visibilidade.
“Eu não queria ficar aqui, mas com a chegada do Maradona não dificultei. Ele é muito importante”, diz.
Havia a expectativa de que Maradona pudesse até assumir como técnico. Mas o Dorados, da segunda divisão mexicana, anunciou o Pibe como seu treinador.
No Belarus, o Dínamo Brest se explicou e informou que Maradona será usado “em ações estruturais, de marketing e na popularização do futebol bielorrusso”.