Prefeito de Mauá reassume depois de decisão do Supremo
Atila Jacomussi (PSB), que esteve preso, foi afastado em maio, suspeito de desviar recursos da merenda
Após 127 dias afastado da Prefeitura de Mauá (ABC) por decisão da Justiça, o prefeito Atila Jacomussi (PSB) reassumiu ontem, por volta das 17h, o comando da cidade.
O retorno só foi possível devido a liminar concedida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, anteontem à noite.
Da janela do segundo andar do gabinete, o prefeito apareceu com a bandeira da cidade na mão, e acenou para alguns simpatizantes que estavam do lado de fora.
Jacomussi foi preso em flagrante em 9 de maio, denunciado por fazer parte de um suposto esquema que teria desviado dinheiro da merenda escolar. Na sua casa foram encontrados R$ 87 mil em dinheiro. Ele foi libertado dia 15 de junho, proibido de exercer a função para não atrapalhar as investigações e de entrar na prefeitura.
Durante sua ausência, a vice Alaide Damo (MDB) ficou à frente da administração, empossada como prefeita em exercício em 15 de maio.
Racha
Medidas tomadas pela medebista, como, o corte de secretários e de servidores de confiança de Atila na prefeitura, no entanto, provocaram a ruptura entre os tradicionais grupos da cidade, Damo e Jacomussi.
“Com certeza, ele fará mudanças para arrumar a prefeitura”, diz o advogado Daniel Bialski.
Pela manhã, a defesa do socialista protocolou ofício na Câmara Municipal de Mauá, que tem como presidente, Admir Jacomussi (PRP), pai do prefeito, para comunicar, oficialmente, a decisão do Supremo.
Nos bastidores, o prefeito deve exonerar vários cargos de confiança nomeados pela vice e renomear secretários e funcionários, aliados ao seu grupo. Entre eles, a mulher e ex-secretária de Políticas para Mulheres, Andreia Rios, o ex-secretário Márcio de Souza (Comunicação) e o ex-superintendente da Sama (Serviço de Saneamento Básico de Mauá), Israel Aleixo.
Em sua página no Facebook, prefeito postou ontem o seu habitual bom dia com foto em que aparece orando.