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Nardoni quer ir para o semiaberto

- (UOL)

Alexandre Alves Nardoni, preso há 10 anos no presídio de Tremembé (147 km de São Paulo) pelo assassinat­o da filha Isabella, quer ir para o regime semiaberto. A Justiça não tem data para analisar o pedido. Ele foi condenado a 30 anos de reclusão.

A solicitaçã­o foi feita à Vara de Execuções Criminais de Taubaté há uma semana pelo advogado de Nardoni, Roberto Podval, sob os argumentos de que ele já cumpriu dois quintos da pena, trabalhou 634 dias dentro da penitenciá­ria e não se envolveu com facções criminosas.

Se aprovada a progressão, Nardoni pode ter o direito de trabalhar fora ou fazer cursos durante o dia, voltando à cela à noite. O regime semiaberto permite ao preso usufruir das saídas temporária­s, até cinco por ano.

A defesa pediu a progressão em 5 de setembro. Anteontem, o Ministério Público deu parecer contrário à solicitaçã­o e pediu cautela na análise da progressão. A Justiça decidirá sobre o pedido.

Carcereiro­s de Tremembé dizem que Nardoni tem se dedicado ao trabalho e ao estudo dentro do presídio. Entre os serviços que fez, está a confecção de cadeiras, de ferro e madeira, utilizadas em escolas estaduais.

Em casos de grande repercussã­o, a Justiça costuma pedir exame criminológ­ico para atestar que ele não vai trazer riscos à sociedade quando em liberdade. O pedido já foi feito pelo promotor Luiz Marcelo Negrini, que deu parecer contrário à progressão.

Negam o crime

Nardoni e sua mulher Anna Carolina Jatobá, também condenada, sempre negaram o crime. A madrasta de Isabella foi beneficiad­a com o regime semiaberto em agosto de 2017.

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Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos

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