Volta ao passado
Em 1986, Diego Maradona iniciava sua terceira temporada no Napoli depois de levar a Argentina ao bi mundial no México. Naquela época, quando começava a fazer história no clube italiano, também aumentavam os rumores de sua ligação com a Camorra, a máfia napolitana, potencializada pelo uso de drogas, especialmente cocaína, que marcaram sua carreira.
Na próxima semana, El Pibe estreará na segunda divisão do México como treinador do pequeno Dorados, de Culiacán, cidade conhecida por abrigar o Cartel de Sinaloa, um dos maiores do mundo. O patriarca da família Hank, proprietária do clube, já foi acusado de contrabando de armas, tráfico de animais e envolvimento com o narcotráfico.
Em 1992, a Dinamarca entrou na Eurocopa a convite após fracassar nas eliminatórias. Auxiliar nos tempos da Dinamáquina, o técnico Richard Nielsen não tinha o respeito dos atletas, tanto que os irmãos Laudrup, estrelas do time, abandonaram a seleção. Brian voltou, mas Michael, destaque do Barcelona, ficou fora do grupo que se tornou o mais improvável campeão europeu na história.
Na última semana, um motim dos jogadores contra a federação local deixou a Dinamarca com um apanhado de atletas de futsal e da terceira divisão. Após um acordo, a equipe principal voltou com uma contundente vitória sobre País de Gales, pela Liga das Nações, o suficiente para colocá-la como uma das favoritas ao acesso à Liga A.
O futebol árabe voltou a ser um importador de atletas e técnicos brasileiros. Como em 1994, jogadores da Colômbia foram ameaçados de morte pelo fracasso na Rússia.
Com os cada vez mais coléricos embates esportivos, políticos e religiosos, resta torcer para que não voltemos os primórdios do futebol, na China antiga, onde se chutavam as cabeças dos inimigos.