Funil eleitoral
Realizada na quinta e nesta sexta-feira, a mais recente pesquisa Datafolha de intenções de voto para o Planalto captou os primeiros efeitos de um movimento decisivo para os rumos da disputa: a oficialização da candidatura de Fernando Haddad, em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Depois da passagem do bastão, o ex-prefeito de São Paulo, que tinha 9% no levantamento realizado na segunda-feira, aparece agora com 13%, mesmo percentual de Ciro Gomes (PDT).
A diferença é que Ciro ficou onde estava, enquanto o petista mostra trajetória de alta. Os dois devem disputar os apoiadores de Lula.
Já Marina Silva (Rede) surge pela segunda vez seguida em movimento de baixa, passando de 11% para 8%. Ela já teve 16%.
O Datafolha mostra novamente Jair Bolsonaro na liderança, desta vez com 26%, contra 24% no começo da semana e 22% antes do início da campanha.
Seu maior rival no campo dos que rejeitam Lula, o tucano Geraldo Alckmin segue estacionado, passando de 10% para 9%.
A três semanas do voto, há tempo de sobra para mudanças. A situação de Bolsonaro ficou mais difícil por causa do terrível atentado a faca sofrido no dia 6, que o impede de fazer campanha.
Pelo jeito, vai ganhar importância o voto útil, ou seja, a troca de candidatos em busca de nomes mais fortes no segundo turno.
Essa possibilidade mantém as chances dos cinco mais bem colocados na pesquisa, embora Marina, a única em queda, pareça ter menos condições de passar pelo funil da campanha. Grupo Folha