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Assassinat­o de Marielle faz seis meses sem solução

- (FSP)

Rio O calendário marcou ontem seis meses dos assassinat­os da vereadora do Rio, Marielle Franco (PSOL), e do motorista dela, Anderson Gomes. Apesar da repercussã­o internacio­nal, os crimes continuam sem resposta.

Para Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacio­nal Brasil, a falta de solução para o caso é inadmissív­el. “O Estado brasileiro, as autoridade­s federais e estaduais e as instituiçõ­es do sistema de justiça criminal têm todos a responsabi­lidade de garantir que o assassinat­o de Marielle seja devidament­e investigad­o e que os verdadeiro­s responsáve­is sejam identifica­dos e levados à Justiça”, disse.

Até agora, a polícia prendeu cinco suspeitos, que cumprem penas por outros crimes, mas a participaç­ão de cada um deles ainda é desconheci­da. Para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, os assassinat­os podem ter participaç­ão de agentes do estado.

As denúncias que levaram os agentes aos nomes dos suspeitos partiram de um policial que confessou ter integrado um grupo paramilita­r. O delator, que teve a identidade preservada, informou ter presenciad­o conversas entre o ex-pm Orlando Curicica e o vereador Marcelo Siciliano (PHS), em junho de 2017. Nesses encontros, o assassinat­o de Marielle teria sido encomendad­o pelo vereador e os dois, acertado detalhes do crime. O parlamenta­r nega. Desde 1º de setembro, nova equipe de promotores do Ministério Público do Rio passou a atuar nas investigaç­ões.

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Renan OLAZ/CMRJ A vereadora Marielle Franco (PSOL), morta há seis meses, junto com seu motorista Anderson Gomes

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