Setores de comércio e de serviços vão mal
Com o resultado, há risco de estagnação da economia no resto deste ano, afirmam os especialistas
imediatamente anterior 0,8 -0,6 0,9 -0,1 0,9 1,2 -1,4 -0,4
Os números de serviço e comércio em julho frustaram a expectativa de crescimento nos setores e, somados ao desempenho da indústria no início do segundo semestre, sinalizam que há risco de estagnação da economia no resto do ano, dizem economistas. O volume de serviços caiu 2,2% em julho ante junho, informou o IBGE.
Pesquisa da agência Reuters estimava alta de 0,4%. Já o comércio varejista teve o terceiro mês seguido de queda ao perder 0,5% em julho. Esperava-se alta de 0,3%.
A expectativa com julho era grande pois seria o primeiro mês de ‘normalidade’ após efeitos mais imediatos da greve de caminhoneiros.
Rodrigo Lobo, gerente de pesquisa do IBGE, diz que, para este ano, a expectativa é que o setor fique próximo da estabilidade. Mas ele observa que a crise no setor pode estar se aprofundando.
“No acumulado de 2015 a 2017, tivemos variação negativa de 11%. Mesmo que em 2018 a retração seja menor, quando um setor cai em um momento em que já há queda, a tendência é que o ambiente fique desfavorável para uma recuperação”, diz.
Das atividades, só serviços prestados às famílias subiram 3,1%. Para analistas, a situação no setor é grave. Com as incertezas deste ano, devido às eleições e ao desemprego, as pessoas estão adiam planos de consumo e mantêm só o essencial.