Espera ao relento
Não há dúvida de que o mais importante para quem utiliza o transporte público de ônibus é andar em veículos em boas condições, com o mínimo de conforto e pontualidade.
Mas há outros aspectos que não podem ser esquecidos, como a conservação dos pontos de parada. O foi às ruas para conferir a situação de 280 deles, nas cinco regiões de São Paulo.
No geral, a manutenção pode até ser considerada satisfatória, se levarmos em conta apenas o número de locais com defeitos: 33, ou pouco mais de 10% do total avaliado.
Como quase tudo na cidade, porém, a maior parte dos problemas está na periferia. Exemplo claro disso se viu na avenida Mateo Bei, em São Mateus, zona leste da capital.
Lá, dos 19 pontos checados, só 6 se encontravam em bom estado. Nos demais, a principal falha era a falta de iluminação para os pedestres. Num deles, não havia parte da cobertura que protege os passageiros do sol ou da chuva.
Ao circular pela cidade, não é difícil encontrar os antigos pontos de madeira, que não oferecem nenhum abrigo a quem espera pela condução.
Na avenida Dona Belmira Marin, no bairro do Grajaú (zona sul), os moradores resolveram construir uma cobertura com telhas, enquanto não vem a esperada troca pelo modelo novo, com assentos e teto.
A prefeitura deixa a manutenção a cargo de uma empresa, que em troca pode ganhar com publicidade nas paradas. Há uma promessa de que 12,5 mil totens antigos serão substituídos por novos em 2018. Até o mês passado, 10.551 já foram trocados.
Não dá para dizer, nesse caso, que o poder público está parado, mas com certeza ainda não se chegou ao ponto final. Grupo Folha